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Audi e-tron quattro: Um mundo de tecnologia

O primeiro Audi totalmente elétrico combina o comportamento dinâmico da tração quattro com a deslocação silenciosa e sem emissões de um veículo elétrico

A autonomia máxima anunciada é de 417 km (ciclo WLTP). Tem um comprimento de 4901 milímetros, uma largura de 1935 milímetros e uma altura de 1616 milímetros. Com uma distância entre eixos de 2928 milímetros, tem espaço para cinco ocupantes, juntamente com as suas bagagens. A volumetria total da bagageira é de 660 litros (60 litros no compartimento dianteiro).

Equipado com dois motores elétricos disponibiliza uma potência total de 300 kW/408cv) e um binário máximo de 664 Nm, disponível praticamente desde o arranque.

No modo de condução “D”, a potência nos dois eixos é de 265 kW/360cv, podendo ser desenvolvida durante um período máximo de 60 segundos (o motor dianteiro tem 125 kW/170 cv e 247 Nm, e o traseiro 140 kW/190cv e 314 Nm. Para atingir os 408cv durante um período máximo de oito segundos, há que selecionar o modo de condução “S”. Neste caso, o motor dianteiro desenvolve uma potência de 135 kW/184 cv e o traseiro de 165 kW/224cv, valores que permitem acelerar o SUV elétrico de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. Este valor é obtido em “boost”, sendo que a potência permanente é de 265 kW (360 cv), distribuindo-se na frente 15 kW adicionais e atrás mais 20 kW. A velocidade máxima está eletronicamente limitada a 200 km/h.

O novo sistema elétrico de tração integral regula de forma contínua e variável a distribuição ideal do binário entre os dois eixos, em milésimos de segundo. Na maioria dos casos, o binário é geralmente distribuído com prevalência no eixo traseiro. Se o condutor pretende obter mais potência do que o motor elétrico traseiro pode fornecer, a tração elétrica nas quatro rodas redistribui o binário ao eixo dianteiro, conforme necessário. Esta distribuição também acontece de forma preventiva, antes que a viatura derrape em piso escorregadio ou em curvas a alta velocidade, ou se o carro entrar em subviragem ou sobreviragem.

A suspensão pneumática adaptativa consoante a velocidade é um dos elementos de série no e-tron, contando com um sistema de vetorização de binário para a melhoria da condução integrado no próprio controlo da suspensão, distribuindo a potência com uma ligeira predileção ao eixo traseiro. É o controlo do sistema de tração que avalia o escorregamento das rodas em milésimos e promove a distribuição da potência de forma imediata, num conceito de tração elétrica integral. Para dinamismo específico, a Audi disponibiliza ainda um controlo eletrónico de estabilidade de quatro fases, com modos “Sport” e “Offroad”.

A Audi oferece várias soluções para carregamento em casa. O e-tron é proposto de série com um equipamento de carregamento que admite potências até 11 kW (até oito horas e meia de tempo de carga) de base, ou de 22 kW opcionalmente, com o módulo Connect (reduzindo o tempo necessário para a carga total para as 4,5 horas, graças a um segundo carregador integrado).

Além destes dois tipos de carregamento, o cliente pode adquirir para o seu e-tron um cabo Tipo 2 (Mennekes), para poder utilizar os pontos de carga públicos que possuem este tipo de ligação, e que se encontram na via, em hotéis e estacionamentos de centros comerciais. Este tipo de pontos de carga não está geralmente equipado com cabos, pelo que o proprietário terá de ter o seu próprio.

Opcionalmente, a Audi disponibiliza também um carregador (com ligação para ficha trifásica) que permite carregar a 22 kW de potência. Com este tipo de carregador, a bateria pode ser quase totalmente recarregada em 5 horas. Para poder aproveitar este carregador de 22 kW, também é necessário equipar o e-tron com um segundo carregador interno, que seja capaz de aplicar e gerir esta potência.

Para um carregamento rápido, geralmente não há necessidade de parar nas estações de carregamento durante a condução do dia a dia. Em viagens longas, como nas deslocações para férias, os clientes podem usar estações de recargas rápidas para carregar com corrente contínua (DC) até 150 kW. A Audi indica que até 2025 conta ter um modelo elétrico em cada gama, seja 100% elétrico ou híbrido plug-in.

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Em 2020, cada construtor automóvel terá que alcançar uma média na ordem dos 95 gramas de emissões de CO2 por quilómetro (NEDC, proporcional ao volume de veículos comercializados) para 95% das unidades matriculadas na Europa. Serão atribuídos os denominados “supercréditos” a cada veículo 100% elétrico a bateria ou PHEV vendidos, e às eco inovações destinadas a reduzir os volumes de emissões de CO2 em condições reais de utilização. Se esses objetivos não forem cumpridos, haverá lugar ao pagamento de uma multa de 95 euros por grama/km/veículo. Legislações semelhantes irão, também, entrar em vigor na China e outros países asiáticos, e na América Latina.

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