Acelerador de Sustentabilidade

Descarbonização. É hora de acelerar a sustentabilidade das empresas

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O Expresso associou-se ao BPI num novo projeto chamado Acelerador de Sustentabilidade, dirigido, maioritariamente, a Pequenas e Médias Empresas (PME). A primeira sessão de formação focou-se na temática da descarbonização

Ao todo, no âmbito deste projeto, irão realizar-se 6 sessões de formação, uma por mês. Cada uma destas sessões e guias terá um tema diferente, sendo que a primeira de todas se centrou na problemática da descarbonização.

Mas por que razão esta temática é tão importante para as empresas?

Porque há cada vez mais eventos extremos provocados pelas alterações climáticas. Porque há regulamentos e legislações europeias e portuguesas que obrigam a reduzir em mais de 50% as emissões. Porque em breve entra em vigor a nova taxonomia europeia que obriga a colocar no balanço financeiro o valor não financeiro que é criado pelas práticas sustentáveis. Porque as grandes empresas já começaram a descarbonizar e exigem que os seus parceiros também o façam. Porque há dinheiro público disponível, por exemplo, no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Ou porque os consumidores, mais atentos, escolhem empresas e produtos mais sustentáveis.

A sessão foi orientada pelos seguintes formadores:

  • Luis Veiga Martins, CSO da Nova School of Business and Economics
  • Manuel Mota, Partner, Energy, Sustainability Services da EY
  • Ana Costa, Sustainability and Blue Economy Lead da Beta-i
  • Cláudia Almeida, Diretora Executiva do BPI

Acelerador de Sustentabilidade: Descarbonização

Saiba quais são os pontos-chave sobre esta temática e o que podem as empresas começar já a fazer:

  • 64% dos CEO's afirmam que já começaram a avançar para modelos de negócio e soluções net-zero (neutralidade de carbono), mas apenas 16% admitem ter atingido um nível avançado.

  • Mais de 50% das empresas investem em sustentabilidade. “As empresas começaram a olhar de uma forma mais séria e de que alguma coisa tem que ser feita para o seu negócio poder perdurar”, explica Luis Veiga Martins, CSO da Nova School of Business and Economics;

  • Portugal vai ter que reduzir em 90%, até 2050, as emissões de carbono e até 2030 terá de fazer uma redução de 55%, comparativamente com a década de 90;

  • “A descarbonização é claramente um caminho que as organizações devem seguir como acelerador de sustentabilidade”, lembra Manuel Mota, Partner, Energy, Sustainability Services da EY;

  • A nova diretiva CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive) vai ser aplicada a partir de 2025 e traz consigo a obrigatoriedade de auditoria e divulgação de dados;

  • As organizações devem perceber qual é origem das emissões e, posteriormente, quantificá-las;

  • Além das empresas pensarem como podem evitar as emissões, devem saber também como as reduzir. Para isso devem ser aplicadas estratégias, tais como: medidas de eficiência energética, certificados de energia verde, eficiência de materiais, utilização de gases renováveis, entre outros;

  • “O caminho deve ser feito em parceria e em conjunto”, defende Manuel Mota, para que aqueles que emitem mais possam encontrar também o caminho para a sustentabilidade;

  • Todos temos que trabalhar para a descabonização, mas “se as empresas não fizerem a sua parte não vai ser possível atingir essas metas”, lembra Cláudia Almeida, Diretora Executiva do BPI. Para isso, terá que haver investimentos por parte das empresas e reformulação da forma de trabalhar;

  • As empresas contam com apoios públicos e soluções da banca para investir em descarbonização. O BPI, por exemplo, apresenta um conjunto de apoios destinados às empresas que precisem de investir nesta temática. As empresas têm, também, 44 mil milhões de euros de fundos europeus disponíveis até 2030;

  • A partilha da análise de dados é essencial para dar um salto evolucional na área da descarbonização;

  • “Muitas vezes precisamos de olhar para toda a cadeia de valor e entender se em termos estratégicos faz sentido manter este produto/serviço e que alterações necessitam de ser efetuadas”, sugere Ana Costa, Sustainability and Blue Economy Lead da Beta-i;

  • A plataforma Portugal Tech League ajuda a fazer a ligação entre empresas e legislação. O mundo das starups dá um grande contributo para a alteração da legislação. “É muito importante haver esta ligação entre as necessidades do mercado e aquilo que a legislação pode contemplar”, refere Ana Costa.

O próximo workshop será sobre as energias renováveis. A este juntam-se outros temas que serão posteriormente abordados, tais como: turismo, agricultura e imobiliário mais sustentável e, por último, economia circular.

O Acelerador de Sustentabilidade é uma iniciativa que consiste na realização de sessões de formação (workshops online) onde se apresentam estratégias, conselhos e passos para descarbonizar e ter um negócio sustentável, dentro daquilo que são os objetivos europeus e mundiais.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

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