A 24 de fevereiro a Rússia invadia a Ucrânia provocando um choque geopolítico na Europa. Os mercados e as economias ressentiram-se nestes seis meses. Os impactos foram planetários e não só na Europa. A inflação mundial pode subir para mais de 8% este ano, o que já não se registava desde 2008, o ano da crise financeira mundial.
Algumas matérias-primas críticas atingiram preços astronómicos. As bolsas perderam 12 biliões de euros. Mais de sete dezenas de bancos centrais subiram os juros, incluindo o Banco Central Europeu (BCE), que já não o fazia desde o momento mais quente da crise das dívidas nos periféricos, então apelidados insultuosamente de 'PIGS' (acrónimo em inglês para Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha). A taxa diretora média dos bancos centrais à escala mundial subiu de 5,6% no início de fevereiro para quase 8% a 18 de agosto.
O euro desvalorizou-se 11% face ao dólar. A globalização já não é o que era. A avaliação do risco geopolítico passou a ser obrigatória.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: Cesteves@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes