O partido de Volodymyr Zelensky tem um nome populista: Servente do Povo. Não foi pensado para dar nome ao movimento que o elevou à presidência da Ucrânia, antes para título da série de televisão irónica sobre a ascensão de um professor de liceu à chefia do Estado.
A série televisiva, que estreou em 2015, foi um êxito estrondoso, também na Rússia. No primeiro episódio, um aluno grava um discurso inflamado do seu professor contra a corrupção na Ucrânia, publica-o no YouTube, e, de desconhecido, o professor passa a sensação da internet e, depois, candidato à presidência. Em dezembro de 2019, Zelensky anunciou a intenção de tentar ser eleito para o principal cargo do Estado. E conseguiu.
É como servente de um povo agredido que o Presidente do país invadido se tem apresentado, em formato virtual, nos parlamentos de todo o mundo. Quarta-feira é a vez da Assembleia Nacional francesa, que o acolherá em formato virtual pelas 15h (14h em Portugal Continental). “A situação de guerra que atinge o povo ucraniano diz respeito ao conjunto dos povos da Europa e às suas assembleias parlamentares”, explica o site da câmara baixa do Parlamento gaulês. É mais uma paragem numa longa tournée.
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