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CDU contra maioria do PS e regresso do "ramerrame" da política de direita

Jerónimo de Sousa no discurso de encerramento da festa do Avante
Jerónimo de Sousa no discurso de encerramento da festa do Avante
Ana Baião

O secretário-geral do PCP dramatizou este sábado uma maioria absoluta do PS nas legislativas e pediu o voto na CDU para evitar o regresso do "ramerrame" da política de direita, com os socialistas.

"É preciso dar mais força à CDU", pediu Jerónimo de Sousa, numa festa-comício no centro de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, em que disse que se o PS ficar de "mãos livres", em maioria absoluta, muitas políticas adotadas nos últimos quatro anos, com o apoio dos partidos de esquerda, acabarão "por andar para trás" e ser perdidas, "com o apoio do PSD e do CDS".

O líder dos comunistas portugueses afirmou que muitas das medidas adotadas pelo executivo de António Costa, com o apoio do PCP, PEV e também o Bloco de Esquerda, "não estavam no programa o PS" e foi preciso ultrapassar "muitas e fortes resistências".

Esta foi também a resposta de Jerónimo de Sousa à entrevista do ministro das Finanças, Mário Centeno, à TSF, na sexta-feira, em que, na interpretação comunista, admitiu que "ao PS convinha a maioria absoluta para conseguir mais rápido os seus objetivos".

"Foi pena que não dissesse quais eram são", comentou.

E foi também nesta parte do discurso, de pouco menos de 30 minutos, que fez o alerta: "Se o PS ficar com de mãos livres muita da matéria em que se avançou [desde 2015] acabará por andar para trás e ser perdida, com o apoio do PSD e do CDS."

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