Facebook

Regulador dos EUA acusa Binance de gerir mal os fundos e de mentir aos reguladores

Regulador dos EUA acusa Binance de gerir mal os fundos e de mentir aos reguladores
reuters

O regulador dos mercados dos EUA acusou a Binance de misturar “milhares de milhões de dólares” em fundos de clientes e enviá-los secretamente para outra empresa controlada pelo seu fundador

A bolsa de criptomoedas Binance foi processada pelo regulador norte-americano dos mercados (Securities and Exchange Commission, SEC) esta segunda-feira, depois de ser acusada de administrar mal os fundos dos clientes e mentir para reguladores e investidores.

Mais concretamente, escreve o “The Guardian”, a SEC acusou a Binance de misturar “milhares de milhões de dólares” em fundos de clientes e enviá-los secretamente para uma empresa separada controlada pelo fundador da Binance, Changpeng Zhao.

Gurbir Grewal, diretor da divisão de fiscalização da SEC, disse que a empresa abia das regras mas escolheu “conscientemente evitá-las e colocar os clientes em risco”.

Adicionalmente, a SEC alega que, embora a Binance tenha afirmado publicamente que os clientes dos EUA estavam impedidos de fazer trasanções na Binance.com, "Zhao e a Binance, na realidade, subverteram os seus próprios controlos para permitir secretamente que clientes americanos de elevado valor continuassem a fazer transações na plataforma".

A SEC também alega que, apesar de referirem que a plataforma para os investidores norte-americanos era independente da plataforma original, “Zhao e a Binance controlavam secretamente as operações da plataforma [norte-americana] nos bastidores”.

Acusados por um lado, ajudam a Justiça por outro. Em março, o líder da área de serviços de informação da Binance para o mercado Ásia-Pacífico, que é também o responsável pelo departamento de formação de law enforcement (aplicação da lei) da plataforma, Jarek Jakubcek, esteve em Portugal para dar formação a cerca de 45 inspetores da Polícia Judiciária para fazerem na blockchain aquilo que já fazem na finança tradicional, com técnicas de investigação para criptoativos: seguir o dinheiro e chegar aos criminosos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate