Em causa, o arquivamento das suspeitas da distribuição do processo da Operação Marquês. José Sócrates acusa o juiz de ter arquitetado um plano e de, “por vaidade e sede de poder”, o querer prender
Se o requerimento da defesa de José Sócrates for aceite, o juiz Carlos Alexandre e a escrivã Teresa Santos serão julgados num processo, que se tornará histórico, pelos crimes de abuso de poder, falsificação por funcionário e denegação de justiça. Tudo porque, segundo a participação do principal arguido da Operação Marquês, Carlos Alexandre e Teresa Santos “combinaram entre si, planearam e vieram a conseguir” que o processo que levou à sua prisão preventiva fosse entregue “de forma ilegal” ao “superjuiz dos tabloides”.
O requerimento de José Sócrates, a que o Expresso teve acesso, é dirigido à procuradora Maria Isabel Santos, para que esta o envie ao Tribunal da Relação de Lisboa, que deverá, de acordo com o pedido, julgar o juiz Carlos Alexandre, ainda no Tribunal Central de Instrução Criminal (‘Ticão’), e Teresa Santos, transferida do ‘Ticão’ há cinco anos depois de um alegado desentendimento com o juiz e colegas funcionários judiciais.
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