Descida na idade da reforma vai obrigar à contratação de mais 800 professores que o esperado em 2023/2024
Será preciso recrutar cerca de 3600 docentes, mais 808 do que estava inicialmente previsto
Será preciso recrutar cerca de 3600 docentes, mais 808 do que estava inicialmente previsto
A descida na idade da reforma, provocada pela mortalidade em excesso associada à pandemia, vai antecipar o cenário de falta de professores já previsto para a próxima década. A conclusão parte da análise do jornal “Público” ao “Estudo de diagnóstico de necessidades docentes de 2021 a 2030”, realizado por investigadores da Universidade Nova de Lisboa. Apesar de o número de professores necessário até 2030/31 não sofrer alterações, no ano letivo de 2023/2024 vai ser preciso recrutar cerca de 3600 docentes, mais 808 do que estava inicialmente previsto.
“A redução da idade da aposentação num certo ano irá levar a uma antecipação de algumas das aposentações que normalmente ocorreriam apenas no ano seguinte”, explica Luís Catela Nunes, da Universidade Nova de Lisboa. “A consequência óbvia é que haverá também uma antecipação das necessidades de recrutamento de novos docentes.”
Depois deste aumento, haverá um recuo nas contratações previstas. No ano letivo 2025/2026, vão ser precisos 2486 docentes: menos 830 do que o inicialmente estimado.
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