
2020 foi tudo o que não esperávamos. De 2021 não sabemos o que esperar
2020 foi tudo o que não esperávamos. De 2021 não sabemos o que esperar
Jornalista
Nada como um psiquiatra para nos ajudar a falar do que nos parece inexplicável. Para José Gameiro, psiquiatra e colunista do Expresso, se há coisa que o ano de 2020 nos ensinou (disse-o num dos últimos “Expresso da Meia Noite” do ano) foi a viver o dia a dia no sentido mais cru da expressão. “Mudámos o chip. Adaptámo-nos a uma gestão que é quase diária, um dia de cada vez, não sabemos como é que vai ser, não consigo fazer um planeamento para o próximo verão, neste momento vivemos o curto prazo”, afirmou. E assim nos complicou a vida quando a empreitada é antecipar os próximos 48 dias, e o que virá depois no ano que agora começa.
Se 2020 foi o ano em que tudo o que não prevíamos aconteceu, 2021 é um desafio de geometria variável, um rol de incógnitas em cadeia, uma sequência de desfecho incerto e imprevisível. Vamos às dúvidas. Quando nos livraremos da pandemia? Será a vacinação um êxito? Haverá terceira vaga com novas variantes do vírus? Resistirá a nossa pobre economia aos intermitentes lockdown? Até onde chegará a crise social? Aguentará o Governo o desgaste do desemprego a crescer? Teremos eleições antecipadas ou a esquerda aguenta-se? Será a presidência portuguesa da UE um sucesso? Quando chega a ‘bazuca’? Os milhões de Bruxelas farão um milagre? O sistema financeiro resiste? A Cultura revolta-se? E Marcelo, será ‘o mesmo’? André Ventura afirma-se? A direita agarra as autárquicas ou Rui Rio fica em xeque? E Passos Coelho, volta à política? Marcelo ganha, finalmente, uma alternativa à esquerda? A Europa aprende? A Ciência vira prioridade? Quando voltamos a poder planear?
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