
É provável que nada mude nos próximos 48 minutos. Mas no arriscar é que está o ganho
É provável que nada mude nos próximos 48 minutos. Mas no arriscar é que está o ganho
Jornalista
A guerra mais rápida do mundo travou-se em menos de 48 minutos. Não é provável que algo semelhante se venha a repetir no futuro mais próximo — ou seja, nessa quase hora que temos pela frente. Isto só não é uma certeza absoluta porque, como disse um dia Winston Churchill, “a arte da previsão consiste em antecipar o que acontecerá e depois explicar porque é que não aconteceu”. Churchill tinha 22 anos quando o Reino Unido e o sultanato de Zanzibar se enfrentaram na tal guerra-relâmpago, em 1896. Antecipemos, então.
É sempre útil ter um ponto de partida, mas isso é impossível no caso presente. Pode ser que esteja a ler esta revista no café, e que tenha um compromisso dentro de 48 minutos. Pode estar exatamente no mesmo lugar daqui a uma hora menos 12 minutos ou, caso se encontre numa área de serviço da autoestrada, pode também largar tudo, entrar no carro e conduzir a 120 km/h — o que o colocará a 96 quilómetros do local onde estava. Se for o caso, e gostar de ter o rádio ligado, é bastante provável que ouça pelo menos uma notícia sobre as vacinas para a covid-19. As eleições presidenciais e o campeonato de futebol são também apostas seguras.
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