Batons e pulseiras que detetam drogas? Sim, é possível
Ainda te lembras do Manuel? Tinha 19 anos e, em abril, perdeu a vida ao denunciar um grupo que estava a adulterar bebidas num bar. Para ajudar a responder a problemas como este, alunas de Lisboa criaram uma possível solução
Cinco finalistas de secundário do Colégio de Santa Doroteia, em Lisboa, criaram um protótipo que pode ajudar a tornar mais seguras as festas e as saídas à noite. Chama-se Cindy e é um “batom” que deteta, em 30 segundos, se uma bebida tem substâncias perigosas, como drogas.
O Cindy cabe num porta-chaves e tem no interior seis tiras biodegradáveis. Essas tiras mudam de cor e ficam fluorescentes quando tocam em substâncias usadas em situações de spiking, ou seja, quando alguém coloca álcool ou drogas na bebida de outra pessoa sem que ela se aperceba.
A ideia inovadora levou as fundadoras da miniempresa Cindy-Up até Atenas, na Grécia, onde participaram no Gen-E 2025, o maior festival europeu de empreendedorismo jovem, que decorreu no início de julho. Carlota Pereira, a diretora de marketing, foi distinguida com um prémio de liderança. E tudo começou na disciplina opcional de empreendedorismo...
Miniempresa Cindy-UP representou Portugal no Gen-E 2025, e CEO venceu prémio de liderança
Pulseiras que protegem estão quase a chegar
E há mais uma solução para estes problemas graves e reais. Em setembro, deverá chegar a Portugal uma pulseira inteligente, que já se vende em Espanha e que é semelhante às que se usam em festivais.
Os seus sensores detetam drogas em bebidas, com ou sem álcool, e até através da saliva, caso a pessoa já tenha bebido. Os investigadores esperam que possa ser usada como prova em tribunal nestes casos de spiking.
Agora tu
Conversa com os teus amigos sobre estes temas e a melhor forma de estarem atentos a possíveis situações destas. E, quem sabe, não serás o próximo a ter mais uma ideia brilhante para combater os perigos que espreitam para estragar a diversão?