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O "aquecimento" para o debate do OE. PS satisfeito com "bom momento" do Governo

O "aquecimento" para o debate do OE. PS satisfeito com "bom momento" do Governo
TIAGO MIRANDA

Debate com o primeiro-ministro marcado para quarta-feira era para ter acontecido há um mês, mas moção de censura do Chega trocou as voltas. Agora, PS respira de alívio e muda o alvo para o PSD: vai votar contra um Orçamento que, diz Eurico Brilhante Dias, “aumenta rendimentos, baixa impostos e reduz a dívida”? Investimento em setores-chave é o ponto fraco

O "aquecimento" para o debate do OE. PS satisfeito com "bom momento" do Governo

Rita Dinis

Jornalista

Quando, esta quarta-feira, o Governo entrar no hemiciclo para retomar os famosos debates quinzenais no Parlamento, o momento político é outro: o Orçamento do Estado para 2024 acabou de ser apresentado e, apesar das críticas ao aumento dos impostos indiretos e ao excedente orçamental que podia estar a ser usado para acudir a setores-chave massacrados, como os professores ou os médicos, o PS acredita que o documento não tem ângulos mortos. E, nesse sentido, aquilo que seria um debate quinzenal de escrutínio ao Governo pode rapidamente passar a ser um “pré-debate do Orçamento do Estado na generalidade” onde o Governo tem tudo para sair por cima. Vai ser uma espécie de “aquecimento”, diz o líder parlamentar socialista ao Expresso.

Segundo Eurico Brilhante Dias o debate surge “fora de tempo”. Não se realizou em setembro, como estava previsto, porque o Chega começou o ano político com uma moção de censura ao Governo, com críticas à “degradação política” e aos problemas em áreas como a saúde, habitação, educação, e essa ida obrigatória do Governo à Assembleia da República empurrou o debate regular para mais tarde. Resultado: fê-lo cair expecionalmemente em cima do período de discussão orçamental. “Com o Orçamento apresentado, o debate ficará sempre marcado por ele”, nota Brilhante Dias, não escondendo alguma satisfação por esta ser, por excelência, uma altura em que o Governo lidera a narrativa.

“O PS chega num bom momento a este debate”, diz ao Expresso, notando que, “à medida que o Governo vai afirmando opções políticas com estabilidade”, e à medida que essas opções políticas começam a “surtir efeito”, com a inflação paralelamente a descer, "os casos ficam para trás e o foco passa outra vez a ser as questões fundamentais para a vida dos portugueses”.

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