Autárquicas 2021

Líder do Chega na Madeira demite-se porque partido não atingiu metas nas autárquicas

“Apesar de os resultados eleitorais terem sido em termos gerais positivos, não foi possível atingir o objetivo de concorrer a mais de 50% das autarquias da região” a que o partido se havia proposto, argumenta Fernando Gonçalves

O presidente da comissão política regional do Chega na Madeira, Fernando Gonçalves, anunciou esta quinta-feira a sua demissão do cargo, considerando que o partido falhou os objetivos a que se propôs nas eleições autárquicas do último domingo. “Venho por este meio comunicar a todos os militantes a minha demissão do cargo de presidente da comissão política regional do partido Chega na Madeira”, informou Fernando Gonçalves em comunicado.

No documento, argumenta que, “apesar de os resultados eleitorais terem sido em termos gerais positivos, não foi possível atingir o objetivo de concorrer a mais de 50% das autarquias da região” a que o partido se havia proposto.

Fernando Gonçalves defende que “a nova direção deve começar já a trabalhar para os próximos atos eleitorais, nomeadamente as eleições legislativas regionais, e não aguardar até junho de 2022”. Também menciona que já transmitiu esta decisão por escrito aos responsáveis do Chega, devendo agora ser marcadas eleições na estrutura regional do partido.

Nas eleições autárquicas de domingo, o Chega obteve na Madeira 3.509 votos do eleitorado regional, o que corresponde a 2,5%, tendo sido a oitava força política mais votada e ficando à frente do PCP/PEV, IL, PPM, Livre, RIR e PDR/MPT.

No Funchal, Fernando Gonçalves encabeçou a candidatura do Chega que reuniu 1.109 votos (3,07%) e conseguiu eleger um dos 33 deputados da assembleia municipal. O PSD tem 17 mandatos, a coligação Confiança (PS, BE, MPT, PDR e PAN) 14 e o PCP um.

Nas assembleias de freguesia conseguiu quatro representantes no concelho da Ribeira Brava, onde alcançou 681 votos (9,17%).

A coligação PSD/CDS foi a grande vencedora deste ato eleitoral, tendo reconquistado, com maioria absoluta, a Câmara do Funchal e S.Vicente, assegurando a governação no Porto Santo, além dos municípios de Câmara de Lobos, Calheta. Apoiou ainda o movimento Ribeira Brava em Primeiro.

O PS, que liderava a coligação governativa no Funchal há oito anos, perdeu também quatro das cinco freguesias que liderava, ficando apenas com uma das 10 juntas do principal concelho da Madeira.

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