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Porque é que as sondagens pré-eleitorais falharam em Lisboa? Cinco hipóteses que podem explicar a surpresa da noite

Porque é que as sondagens pré-eleitorais falharam em Lisboa? Cinco hipóteses que podem explicar a surpresa da noite
PEDRO NUNES

Havia um entendimento generalizado de que Fernando Medina iria ganhar Lisboa. Nenhuma sondagem pré-eleitoral adivinhou a vitória de Carlos Moedas, nem sequer um empate técnico entre os dois candidatos a presidente da câmara. Problemas de amostragem, intenções de voto que não se concretizaram e fatores políticos podem ajudar a explicar a surpresa da noite eleitoral. O Expresso falou com dois politólogos para perceber porque é que as sondagens falharam em Lisboa

Porque é que as sondagens pré-eleitorais falharam em Lisboa? Cinco hipóteses que podem explicar a surpresa da noite

Mara Tribuna

Jornalista

Lisboa foi a surpresa da noite eleitoral. Carlos Moedas venceu “contra tudo e contra todos” ー contra as sondagens também. Nenhuma sondagem pré-eleitoral fazia prever a vitória de Moedas, aliás, o melhor resultado que o candidato do PSD conseguiu na campanha foi uma derrota por sete pontos. E mesmo as sondagens à boca das urnas sugeriram um empate técnico em Lisboa. Só perto das 02h da manhã é que a espera ansiosa terminou.

Por que é que as sondagens falharam em Lisboa? “A primeira hipótese é a de que as amostras das sondagens, nomeadamente as que foram conduzidas mais perto do dia das eleições (apenas duas de um total de oito, com o trabalho de campo a terminar a 21 [de setembro], e que são aquelas que faz mais sentido comparar com resultados eleitorais), tenham sido deficientes”, começa o politólogo Pedro Magalhães.

O retrato que as sondagens produziram das intenções de voto pode não ter sido representativo da realidade naquela altura, “seja porque adotaram procedimentos de seleção amostral menos adequados, seja porque as pessoas que foram selecionadas para responder recusaram participar” e isso pode ter enviesado a composição da amostra, explica o investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa ao Expresso.

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