Exclusivo

Autárquicas 2021

Após ter sido traído pela “porcaria do GPS”, Cotrim de Figueiredo andou de autocarro contra uma trotinete. E conseguiu provar o seu ponto

Após ter sido traído pela “porcaria do GPS”, Cotrim de Figueiredo andou de autocarro contra uma trotinete. E conseguiu provar o seu ponto
Luís Sousa

O partido esteve em campanha em Pombal, Batalha, Alcobaça… e na capital, onde há “fortes possibilidades" de eleger um vereador: “É giro um gajo ir falando com as pessoas”, assegura Bruno Horta Soares, o candidato que começou a arruada lisboeta sem o líder do partido: João Cotrim de Figueiredo ficou preso no trânsito por causa do GPS do Tesla - mas chegou a tempo de (também) ser traído pela Carris

Após ter sido traído pela “porcaria do GPS”, Cotrim de Figueiredo andou de autocarro contra uma trotinete. E conseguiu provar o seu ponto

Tiago Soares

Jornalista

Luís Sousa

Fotógrafo

As duas primeiras bandeiras liberais aparecem em Pombal a cinco minutos das 09h. A zona é industrial e os apoiantes da Iniciativa Liberal neste concelho esperam a chegada do líder para uma visita a uma empresa de telecomunicações. Vindo de Coimbra, o deputado João Cotrim de Figueiredo surge num Tesla - mas chegou atrasado: “Vamos acabar por fazer a campanha toda num carro verde mas não foi propositado”, virá a explicar ao Expresso. “Não podemos acelerar muito senão ficamos logo sem bateria”, completa um membro do staff do deputado.

A comitiva seguiu depois para a Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal (ETAP). Cotrim de Figueiredo questionou os jovens: “Como é que olham para o mercado de trabalho quando saírem daqui? Com entusiasmo ou preocupação?”, e como ninguém responde o deputado da IL não espera e lembra aquelas que, no seu entender, são as dificuldades portuguesas na transição para o mercado de trabalho - desde os altos impostos à possível necessidade de emigração.

O discurso não foi demasiado duro? “Não. Eles têm de saber a realidade do país para poderem mudá-lo”, afirma o deputado. À saída, fortalece o combate político: critica António Costa por “ameaçar” a Galp num dia e escrever um artigo para conter a polémica no outro: uma “argolada” que mostra como o primeiro-ministro está “desorientado”, resume Cotrim de Figueiredo.

Do Pombal a campanha liberal segue para a Batalha - e o Expresso vai no carro com Cotrim de Figueiredo. “Os impostos não são uma coisa bonita”, sublinha o deputado enquanto gesticula os braços. Todas as coisas que o Estado financia está a tirar de outro sítio”, insiste: e vai a uma tema forte para provar a ideia: “É como esta história da bazuca. A parte do dinheiro que é a fundo perdido não existe. Não há fundo perdido. A União Europeia endividou-se. E quem é a UE? São 27 países. E quem são esses 27 países? Somos todos nós”. Tece críticas ao Estado - ou melhor, aos decisores que representam o Estado. “O Estado é péssimo a calcular o retorno [dos investimentos]. Em Portugal não estamos habituados a justificar decisões. É um problema cultural. Os políticos não sentem necessidade de preparar a gestão do dinheiro das pessoas.”

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: tsoares@expresso.impresa.pt / tiago.g.soares24@gmail.com

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate