“É um dos momentos mais felizes da minha vida política”. O dia de sábado do secretário-geral socialista foi bom para o ego e para a lista de encomendas, que vai de estradas, a pontes, a hospitais. Foi uma “azáfama absolutamente diabólica” que meteu foguetes, concertos de violino (e de Toy, que não ouviu), bailarico, bombos, pétalas, festa, galos de Barcelos, bolinhol e chutos em bolas de futebol. António Costa vende a pandemia (o fim dela) e o PRR para mobilizar o voto nos autarcas.
“Já não tenho pedalada para isto”. O desabafo é de Joaquim Barreto, o homem que preparou um dia cheio para António Costa. O socialista, presidente da federação de Braga, usou todos os truques mais antigos das estratégias de campanha - mobilizar, fazer a festa, oferecer brindes - para pôr o partido lá em cima. Este sábado teve o efeito de dar um boost de confiança a António Costa que, entusiasmado pela recepção, foi-se deixando levar e tornando mais evidente a estratégia que tem vindo a montar nos últimos dias para esta campanha autárquica: o sucesso da vacinação é para ser usado o mais que pode para dar a pandemia como “controlada”, mas ainda “não ultrapassada”; e vender o PRR ao detalhe. Por onde passa sabe a obra que vai ali ser realizada, aproveitando para dar toques aos críticos do “PSD e CDS”, pela primeira vez nomeados nesta campanha.
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