José Manuel Durão Barroso criticou esta terça-feira a atitude negativa na União Europeia em relação ao sector financeiro internacional, afirmando ser um erro julgar a sua entrada como presidente não-executivo no Goldman Sachs.
"O facto de o assunto ser um tema mostra a atitude negativa em relação ao sector financeiro internacional (existente na Europa)", afirmou numa conferência na Web Summit (Cimeira da Internet), que decorre em Lisboa esta semana.
"Ainda existe uma cultura de uma atitude negativa em relação ao novo mundo, ao sector financeiro, a um mundo integrado. Isto é um erro", afirmou o ex-presidente da Comissão Europeia e atual presidente não-executivo do Goldman Sachs International.
Também criticou "a atitude negativa em relação aos Estados Unidos" que por veze existe, bem como em relação a empresas norte-americanas.
Barroso defende uma aproximação entre a Europa e os EUA, com as vantagens e oportunidades que poderiam ser obtidas numa maior convergência entre os mercados dos dois lados do Atlântico.
Fim ao roaming
Barroso também apontou o dedo aos Governos europeus por não permitirem que se ponha fim ao roaming (cobrança de taxas por chamadas efetuadas fora do país de origem do utilizador).
Para Barroso, o facto de não existir na Europa "um verdadeiro e real mercado digital único é um problema para as startups (empresas em fase de arranque)". E comparou o mercado europeu com o norte-americano, apontando que na Europa não existe um mas muitos mercados digitais.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: etavares@expresso.impresa.pt