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“Ou Bruxelas agiliza algumas regras, ou deixamos de produzir carros a combustão”, diz vice-presidente do grupo Renault para a regulação

“Ou Bruxelas agiliza algumas regras, ou deixamos de produzir carros a combustão”, diz vice-presidente do grupo Renault para a regulação
Jens Schlueter/Getty Images

O sector automóvel juntou-se esta quinta-feira, em Lisboa, para discutir a transição para a mobilidade elétrica, a perda de competitividade da Europa e a concorrência que vem da China. No final, ficaram mais dúvidas do que certezas

“Ou Bruxelas agiliza algumas regras, ou deixamos de produzir carros a combustão”, diz vice-presidente do grupo Renault para a regulação

Vítor Andrade

Coordenador de Economia

No mesmo dia em que a recém-chegada marca chinesa Xiaomi ao universo dos carros elétricos anunciava que tinha recebido 6900 encomendas do seu novo modelo o superdesportivo Xiaomi SU7 Ultra em apenas 10 minutos, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, discutia-se o entrave e o embaraço que está a causar ao sector, na Europa, o excesso de regulamentação imposto por Bruxelas.

Jean-André Barbosa, vice-presidente do grupo Renault para os Assuntos Europeus e Regulação, dizia, esta quinta-feira, que, na Europa, perante a rigidez das regras estabelecidas desde o início deste ano por Bruxelas na limitação de emissões poluentes, o sector poderá estar confrontado com multas da ordem dos 15 mi milhões de euros.

“Se as construtoras irão pagar essas multas, não sei, mas o que sei é que, ou Bruxelas agiliza algumas regras, ou então teremos de deixar de fabricar carros com motores a combustão”. Sendo que, segundo o mesmo responsável, “isso pode implicar a destruição de empresas, emprego, produção e cadeia de valor”, num sector que dá trabalho a mais de 13 milhões de pessoas no Velho Continente.

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