Exclusivo

Transportes

UNIR: queixas travam após “arranque difícil”, mas ainda há autocarros que não passam, atrasos, horários a menos e indicações em sueco a mais

Nova rede de autocarros da AMP opera em 17 municípios sob uma marca comum: veículos da UNIR terão um aspeto semelhante em todo o território coberto pela operação.
Nova rede de autocarros da AMP opera em 17 municípios sob uma marca comum: veículos da UNIR terão um aspeto semelhante em todo o território coberto pela operação.
UNIR

Passageiros continuam a queixar-se dos atrasos, da incerteza de não saberem se o autocarro vai passar ou não, e dos horários que ainda não estão afixados em muitas paragens. “Está tudo muito confuso” no serviço da UNIR e as inscrições em sueco nas viaturas não ajudam muito. O presidente da Área Metropolitana do Porto avisa as empresas operadoras que, se não corrigirem as falhas a bem, “será através de fiscalização e de multas”

A dona Nazaré abre a bolsa de mão e tira de lá um papel dobrado em quatro. “Se o autocarro passar a horas, é às 8h40”, diz a senhora, de 75 anos. Traz o horário impresso a preto e branco sempre consigo, uma vez que na paragem do Mercado de Vila do Conde ainda não há qualquer informação sobre as frequências e as carreiras da rede UNIR. “Os horários não estão afixados. Aqueles ainda são os antigos. Está tudo muito confuso”, queixa-se Nazaré Torres, enquanto procura o passe mensal pelo qual paga 30 euros. “Com este péssimo serviço, não compensa. As pessoas nunca sabem se vai passar o autocarro. Muitas vezes prefiro ir a pé para Azurara. Não é muito longe, mas é a subir e eu ando à rasca de uma anca. Custa-me um bocado”, conta ao Expresso. “Já vem ali. Parece-me que é o do Porto”, exclama Nazaré ao avistar a camioneta que assegura a linha 3503, entre a Póvoa de Varzim e o Pólo Universitário.

Desta vez o autocarro chegou a horas, mas nem todos os dias é assim. “Tem havido muitos atrasos. Chegam uma hora depois, já me aconteceu. Normalmente, há sempre barulho aqui na paragem. Até a polícia já teve de vir, por haver confusão. As pessoas que estão à espera discutem com os motoristas, mas eles, coitados, também não têm culpa”, comenta Nazaré Torres, para quem a rede da UNIR só veio dificultar a vida às pessoas. “Antigamente havia muitos mais autocarros, agora tem menos. Alguns vejo-os andar fora de serviço e há aldeias onde nem passam”, afirma a passageira.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate