
Metro do Porto duplica as linhas até 2030. Novas ligações podem servir 58,5 milhões de clientes anualmente. Gaia, Matosinhos, Maia e Gondomar vão ter segunda rota. Metro chega à Trofa
Metro do Porto duplica as linhas até 2030. Novas ligações podem servir 58,5 milhões de clientes anualmente. Gaia, Matosinhos, Maia e Gondomar vão ter segunda rota. Metro chega à Trofa
Jornalista
Os incautos turistas que por estes dias aterrarem, desprevenidos, no Porto, ávidos por fotografar os pontos mais instagramáveis e por provar umas tapas very typical, vão encontrar sobretudo taipais. Taipais e mais taipais escondem uma cidade remexida, virada do avesso. A Invicta parece estar fechada para obras. A expansão da rede metropolitana avança lentamente e estica a paciência dos portuenses, com atrasos que têm provocado vários constrangimentos na mobilidade urbana. Atualmente com seis linhas em funcionamento, a Metro do Porto pretende duplicar o número de ligações até ao final desta década. O investimento nas linhas em construção, adjudicadas e em concurso, será de €2171 milhões, caso não existam novas revisões orçamentais e sem contar com a aquisição de material circulante. Os novos traçados podem vir a servir 58,5 milhões de clientes anualmente.
No terreno avançam as obras da nova Linha Rosa, com uma extensão de 3 km e quatro estações, que fará a ligação entre a Casa da Música e São Bento em apenas sete minutos (considerando uma velocidade média de 26 km/h). De acordo com as estimativas que a Metro do Porto enviou ao Expresso, a Linha Rosa servirá anualmente 9,5 milhões de pessoas e permitirá retirar 12.870 carros por dia da Baixa da Invicta, o que irá evitar a emissão de 1,5 toneladas de CO2/ano. As obras que ainda decorrem implicam um investimento de €304,7 milhões — o financiamento é assegurado essencialmente pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), além de uma parte do dinheiro que vem do Fundo Ambiental e outra que é proveniente do Orçamento do Estado. A Linha Rosa ficará concluída até ao final deste ano e deve entrar em funcionamento no segundo trimestre de 2025.
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