Transportes

TAP lucra 22,9 milhões de euros no primeiro semestre

TAP lucra 22,9 milhões de euros no primeiro semestre
Horacio Villalobos

Depois de no ano passado ter chegado ao final de junho com perdas de 202 milhões de euros, este ano a TAP inverteu os resultados, obtendo um lucro de 22,9 milhões no primeiro semestre. As receitas cresceram 44%

TAP lucra 22,9 milhões de euros no primeiro semestre

Miguel Prado

Editor de Economia

A TAP SA obteve no primeiro semestre deste ano um lucro de 22,9 milhões de euros, que compara com o prejuízo de 202,1 milhões de euros registado em igual período do ano passado, informou esta quarta-feira a companhia aérea em comunicado ao mercado.

Considerando somente o segundo trimestre, o resultado líquido de abril a junho traduziu-se num lucro de 80,3 milhões de euros, que compara com uma perda de 80,4 milhões de euros no período homólogo.

No comunicado divulgado esta quarta-feira a empresa nota que é o primeiro semestre de lucro que reporta (desde que publica relatórios semestrais), e acrescenta que o desempenho neste primeiro semestre de 2023 também compara bem com o período pré-pandemia (no mesmo período de 2019 a empresa tinha tido um resultado negativo de 112 milhões de euros).

As receitas operacionais da TAP na primeira metade do ano subiram 44,3%, para 1906 milhões de euros, enquanto os custos aumentaram 36,6%, para 1798 milhões, o que permitiu à empresa melhorar o seu resultado operacional do primeiro semestre, de 4,4 para 108 milhões de euros.

Também o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu, aumentando 47,8% na primeira metade do ano, para 345,2 milhões de euros.

Numa base recorrente o EBITDA cifrou-se em 361,7 milhões de euros, melhorando 56,9% face ao ano passado.

Nesta primeira metade de 2023 a TAP beneficiou de um crescimento de 30% na atividade, com 7,6 milhões de passageiros transportados, o que corresponde a 96% do nível registado em 2019, último ano antes da pandemia.

O número de voos da TAP no primeiro semestre também cresceu 17,9%, alcançando 89% dos registos pré-crise pandémica.

Outro indicador operacional destacado pela companhia aérea é que a taxa de ocupação dos seus voos subiu 5,5 pontos percentuais face ao período homólogo, atingindo os 80,2% no primeiro semestre de 2023, o que supera em meio ponto percentual o registo da primeira metade de 2019, antes da pandemia.

“Estes resultados sublinham a tendência sustentada de melhoria comercial e financeira da TAP, com um desempenho financeiro recorde e um resultado líquido positivo no primeiro semestre”, comentou o presidente executivo da companhia aérea, Luís Rodrigues, no comunicado de resultados.

“As margens operacionais e o caminho de desalavancagem, que estão acima das metas fixadas no plano de reestruturação, demonstram a sustentabilidade financeira do grupo num momento crítico da nossa história. Contudo, há ainda um longo caminho a percorrer”, referiu ainda o gestor.

De acordo com o presidente executivo da TAP, “a procura continua forte e as reservas para os próximos trimestres atingiram níveis significativos, apontando para um segundo semestre intenso, para o qual a TAP estará preparada”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate