Nunca foi pedido a Fernando Pinto que desse pareceres por escrito à TAP nos dois anos em que foi seu assessor, entre 2018 e 2020; foram sempre conselhos orais, em reuniões ou a pedido de administradores. Recebeu, por isso, 1,6 milhões de euros, o mesmo que auferia como presidente da operadora; mas Pinto defende que era do interesse da TAP mantê-lo longe da concorrência. Disse-o, agora sim por escrito, nas respostas que deu aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP.
Fernando Pinto defende que esta prestação de assessoria não é inédita e é até normal – e justifica a sua confidencialidade com a prática comum. Insiste que não trabalhou antes da privatização com Neeleman e Pedrosa, mas assume que é sua a autoria para convidar o americano para a privatização de 2015.
Nas respostas, Pinto elogia Alexandra Reis, que convidou para diretora de compras na TAP em 2017, mas admite que era “percecionada como conflituosa”.
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