As greves agendadas para os dias 18, 23 e 30 de maio dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa foram suspensas, após diálogo entre a empresa e os sindicatos, segundo comunicado divulgado esta quarta-feira.
Deste modo, o Metro de Lisboa indica que o serviço de exploração far-se-á com a normalidade habitual, ou seja, com abertura às 6h30.
“O Metropolitano de Lisboa sublinha que se mantém disponível para prosseguir a negociação construtiva sobre as diversas matérias do Acordo de Empresa vigente, na procura de soluções conjuntas de melhoria das condições de trabalho e de remuneração no Metropolitano de Lisboa”, lê-se na nota da empresa.
Na nota dos sindicatos, é esclarecido que, na reunião desta quarta-feira com a Metropolitano de Lisboa, chegaram a acordo em vários pontos. A começar na atualização das tabelas salariais em 3%, “com produção de efeitos a 1 de janeiro 2023” e no pagamento de “meio complemento aos trabalhadores reformados à data de 1 de outubro de 2022, à semelhança do que foi efetuado aos pensionistas do setor bancário”.
Adicionalmente, a empresa comprometeu-se, segundo os sindicatos, a inserir na proposta do Plano de Atividade e Orçamento para 2024 à “aprovação das tutelas a dotação necessária para proceder ao pagamento das variáveis devidas na remuneração férias e no subsídio de férias nos anos de 2023 e de 2024”.
Também houve uma abertura para a negociação de carreiras e para a negociação da redução do período normal de trabalho das 39 horas semanais para as 37 horas e meia - ambas as negociações a iniciar em setembro.
Ficou ainda acordada a "uniformização do pagamento do prémio suplementar de desempenho constante das deliberações de 24 de outubro de 2008 e de 30 de dezembro de 2009 a todos os encarregados e inspetores de tração que venham a ser nomeados após essa data", o “pagamento do subsídio de formação aos encarregados de tração que participaram no processo de formação dos quatro últimos encarregados de tração que teve lugar em 2021” e o início de uma discussão com os Órgãos Representativos dos Trabalhadores "sobre as elevadas taxas de ausências verificadas em 2022 de forma a estabelecer de forma concertada um Plano de intervenção com vista à sua diminuição”.
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