Gestor da TAP não vê problemas na venda à Iberia, porque o que interessa são os slots
Ramiro Sequeira acionou seguro para levar advogado para a audição parlamentar
Ramiro Sequeira acionou seguro para levar advogado para a audição parlamentar
O gestor executivo da TAP, que foi já seu presidente executivo, Ramiro Sequeira, não vê problemas na venda da companhia aérea à Iberia (onde trabalhou). Embora comentando apenas “conceptualmente”, essa é a conclusão que é possível tirar da sua consideração sobre a privatização da empresa, processo em curso, que deixou na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP esta quarta-feira, 10 de maio.
Respondendo às críticas que são feitas pela possível venda da TAP à Iberia, com centro de operações e voos (hub) em Madrid, como a assumida por Humberto Pedrosa na terça-feira, o atual gestor da companhia aérea contestou: “Eu não vejo tão linear assim”.
Assumindo o seu passado na empresa, quis apenas falar de forma “conceptual” e aplicando-o a “diferentes empresas e situações: o maior valor nestas andanças, um dos maiores assets [ativos], são os slots. Aviões compram-se, alugam-se, mas os slots são uma coisa muito específica. Que diz que tenho o histórico que vou de Lisboa para o Rio e aquele é o horário que mais procura tem. Se respeitar continuamente aquele horário, não se consegue tirar este slot à companhia A ou B”, declarou.
Por isso, continuou o gestor que esteve na Vuellng e na Iberia, se há um investimento numa companhia aérea, não tem incentivo para “desviar a capacidade para outro aeroporto”: “estaria a danificar o investimento”. “Não vejo tão lógico a questão do aeroporto A ou B, ou da companhia A ou B de serem canibalizados”, continuou Ramiro Sequeira.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: dcavaleiro@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes