O presidente da Comissão de Vencimento, Tiago Aires Mateus, disse na Comissão Parlamentar de Inquérito, esta quarta-feira, 19 de abril, que só soube da indemnização de Alexandra Reis pelos jornais. E, em resposta a Mariana Mortágua, defendeu que não deverá ser pago um prémio a um gestor que não tem contrato de gestão e que foi demitido, como é o caso da ex-presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener.
Tiago Aires Mateus afirma que a Comissão de Vencimentos "não foi nem tinha de ser" informada sobre o pagamento da indemnização da antiga administradora da TAP, porque não faz parte das suas competências fazê-lo.
O presidente da Comissão de Vencimentos, que foi jurista da Parpública até meados de 2020, salientou que o órgão que lidera, não teria capacidade nem atribuições para verificar a indemnização do acordo de saída de Alexandra Reis, ou de outro qualquer acordo do género.
"Tive conhecimento dos factos da indemnização de Alexandra Reis nas datas em que foram noticiados", afirmou. E reafirmou: "Não tive nenhum conhecimento prévio" do processo de saída de Alexandra Reis. E admitiu que "a acreditar nas notícias que saíram a público pode haver mais do que um acaso de indemnizações" elevadas como é o caso de Fernando Pinto ou de Antonoaldo Neves.
Tiago Aires Mateus, confrontado, esclareceu que no contrato da Christine Ourmières-Widener é dito que a presidente executiva está obrigada a assinar um contrato de gestão, no âmbito do estatuto do gestor público. “Uma comissão de vencimentos não deliberará a atribuição de prémios de um gestor destituído que nunca teve contrato de gestão em vigor”.
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