Transportes

Com TAP de regresso aos lucros, Governo sublinha "resolução dos constrangimentos aéreos" como oportunidade de "criação de valor"

Fernando Medina (à esq.) apresentou um relatório sobre a ilegalidade na saída de Alexandra Reis. João Galamba (à dir.) pretende virar a página com a nomeação de Luís Rodrigues para a liderança da TAP
Fernando Medina (à esq.) apresentou um relatório sobre a ilegalidade na saída de Alexandra Reis. João Galamba (à dir.) pretende virar a página com a nomeação de Luís Rodrigues para a liderança da TAP
Nuno fox

No dia em que a TAP reportou um lucro de €65,6 milhões, o Ministério das Infraestruturas diz que a empresa deu “um passo sólido” e destaca a melhoria das condições no aeroporto de Lisboa como chave para o futuro da empresa e do país

Sem grandes comentários sobre os resultados da TAP em 2022, os últimos da responsabilidade da ainda presidente da companhia, Christine Ourmières-Widener, e o primeiro lucro em cinco anos, o gabinete do ministro das Infraestruturas, João Galamba, emitiu um comunicado destacando a combinação de fatores que irá melhorar as condições para a TAP operar no futuro.

"A possibilidade de produção de combustível de aviação sustentável (SAF) no hub de Lisboa, a resolução dos constrangimentos aéreos operacionais, bem como a nova solução para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, perspetivam-se como oportunidades de criação de valor acrescentado para a TAP e para Portugal", afirma o Ministério das Infraestruturas, numa nota curta sobre os resultados da companhia.

Sobre as contas, o gabinete de João Galamba diz que a companhia apresentou "um resultado líquido positivo de 65,6 milhões de euros, o que configura um crescimento da receita acima do esperado".

A TAP, refira-se, registou receitas recorde em 2022: 3485 milhões de euros, mais 186 milhões do que em 2019, o último ano antes da pandemia. Um recorde alcançado apesar de a companhia ter transportado menos 3,3 milhões de passageiros do que em 2019.

“Num ano ainda afetado pela pandemia, pela guerra na Ucrânia, pelo disparar dos preços dos combustíveis e pela mudança do sistema de tráfego aéreo no hub, que condicionou de forma significativa a atividade da TAP, a companhia provou a sua resiliência”, diz ainda o gabinete de João Galamba.

“Os resultados hoje apresentados são um passo sólido nas perspetivas para o futuro da empresa e para o País”, refere o mesmo comunicado.

Na apresentação dos resultados, a TAP afirmou que a implementação do novo sistema de navegação da NAV afetou 300 voos, e a Omicron impediu que se realizassem 1850 voos.

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