Christine Ourmières-Widener, a presidente executiva (CEO) da TAP, que o Governo decidiu despedir, tem dez dias úteis para se pronunciar sobre a sua saída, segundo comunicado da companhia aérea enviado durante a madrugada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na terça-feira, a companhia aérea estatal recebeu um ofício da Direção-Geral do Tesouro e Finanças a comunicar a decisão que já se conhecia: a demissão de Ourmières-Widener e do presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja.
Segundo a nota, "os referidos membros do órgão de administração dispõem do prazo de pronúncia em sede de audiência prévia de 10 (dez) dias úteis, findos os quais será adotada a decisão final nesta
matéria, por via da correspondente deliberação do acionista [Estado]". Ou seja, têm até 28 de março, como foi noticiado pelo “Público”.
Até lá, quer a CEO quer o presidente “permanecem em funções, continuando o órgão de administração, no seu conjunto, a assegurar a normalidade das atividades empresariais da TAP e o pontual cumprimento das respetivas obrigações”, indicou a empresa, na mesma nota.
Na segunda-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que “haverá uma assembleia-geral, haverá o pronunciamento dos próprios, haverá nova assembleia-geral, e já está em tempo apontado e do conhecimento de todos quem será o novo CEO da empresa, para que não se gere nenhuma ambiguidade nem nenhum interregno, e a TAP regressará ao normal funcionamento dos seus órgãos de administração muitíssimo em breve, com uma situação que já é conhecida”.
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