
Haverá mais saídas na gestão, dando margem ao novo presidente para fazer mudanças. Convite para sair surpreendeu CEO. Galamba só conheceu as conclusões do relatório na segunda-feira. Relações com Medina são distantes
Haverá mais saídas na gestão, dando margem ao novo presidente para fazer mudanças. Convite para sair surpreendeu CEO. Galamba só conheceu as conclusões do relatório na segunda-feira. Relações com Medina são distantes
Jornalista
A decisão sobre a saída de Christine Ourmières-Widener da liderança da TAP já estava tomada há algum tempo, mas só foi comunicada à gestora francesa pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, na segunda-feira de manhã, e por telefone, apurou o Expresso. Fê-lo poucas horas antes da apresentação das conclusões do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) ao processo de saída de Alexandra Reis, onde seria anunciada a sua exoneração.
A presidente da TAP (CEO) foi apanhada de surpresa com a decisão do Executivo, pois estava convencida de que iria continuar, porque a aplicação do plano de reestruturação está a correr bem e há uma privatização à porta. Christine Ourmières-Widener acreditava que o relatório da IGF iria fazer apenas uma baixa na gestão, a do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, a quem cabe institucionalmente gerir as questões de governação corporativa. Estava tudo preparado para que fosse ele o bode expiatório de um processo que se iniciou com o despedimento (encapotado de renúncia) de Alexandra Reis e culminou com a demissão do ministro e do secretário de Estado da tutela: Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes.
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