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Grandes mentes que pensam diferente: quando a neurodiversidade é um trunfo para as empresas

Grandes mentes que pensam diferente: quando a neurodiversidade é um trunfo para as empresas
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Empresas tecnológicas recrutam cada vez mais profissionais no espectro do autismo. Memória, capacidade de cálculo e um foco, por vezes, acima da média são características que o mercado de trabalho valoriza. Mas ainda há um longo caminho a percorrer na integração destes trabalhadores

Grandes mentes que pensam diferente: quando a neurodiversidade é um trunfo para as empresas

Cátia Mateus

Jornalista

O caminho de Manuel Aidos escreve-se com determinação e resiliência. O autismo foi-lhe formalmente diagnosticado já adolescente, mas não lhe limitou a ambição de querer crescer profissionalmente e ser autónomo. Aos 38 anos, com uma licenciatura em Engenharia Informática, frequenta o mestrado em Sistemas de Informação e é um dos 22 profissionais neurodiversos recrutados pela tecnológica Critical Software, no âmbito do Programa de Neurodiversidade que a empresa liderada por João Carreira, trouxe para Portugal em 2021. Manuel diz-se “integrado”. E conhece bem o peso da palavra: “a minha maior dificuldade é a socialização, foi isso que fez com que não me adaptasse noutras experiências profissionais anteriores”, explica ao Expresso.

Casos como o de Manuel são comuns, com a integração a ser apontada pelos especialistas ouvidos pelo Expresso como uma das maiores dificuldades que enfrentam os perfis neurodiversos em contexto profissional. Não está apenas em causa o desconhecimento dos empregadores, mas também a falta de preparação das equipas onde os profissionais são integrados. Um caminho que empresas como a Critical Software, a Critical Techworks, a NOS e outras estão a tentar mudar. Na data em que se assinala o Dia Mundial da Consciencialização sobre o Autismo, esta terça-feira, 2 de abril, os especialistas ouvidos pelo Expresso falam de inclusão e do que falta fazer nesta área.

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