Trabalho

Musk diz que greve de trabalhadores da Tesla na Suécia é "uma loucura"

Elon Musk
Elon Musk
Tingshu Wang/Reuters

Sindicato sueco iniciou greve por a Tesla se recusar a assinar um acordo coletivo de trabalho. Na sua rede social, X, Elon Musk, o líder da fabricante de automóveis, disse que a greve é “uma loucura”

Os trabalhadores da Tesla na Suécia encontram-se em greve e o dono da fabricante de automóveis, o bilionário Elon Musk, já se pronunciou. “Isto é uma loucura”, escreveu na rede social X (antigo Twitter), da qual também é dono.

Segundo escreve o “The Guardian” esta é a maior luta, em décadas, para salvar o modelo sindical da Suécia das práticas laborais globais.

O sindicato IF Metall está à frente da greve em oito locais de trabalho da Tesla na Suécia durante cinco semanas, naquela que marca a primeira vez que os trabalhadores da empresa de automóveis elétricos fazem greve, segundo o jornal.

Em resposta a uma publicação de um utilizador que criticava a greve, Musk escreveu: “Isto é uma loucura”.

A IF Metall, que tem mais de 300 mil membros na indústria sueca, disse que “continuará [com as greves] enquanto for necessário”. O sindicato iniciou a greve após a Tesla se recusar a assinar um acordo coletivo com os seus membros. A filiação sindical na Suécia até caiu nas últimas décadas, mas muitos trabalhadores ainda estão sindicalizados e cerca de nove em cada 10 trabalhadores têm acordos coletivos.

“Estamos bem preparados para um conflito prolongado”, disse um porta-voz do IF Metall, Jesper Pettersson.

A greve da Tesla já atraiu mais oito sindicatos e ameaça espalhar-se para a vizinha Noruega, onde a Fellesförbundet (Federação Unida dos Sindicatos), o maior sindicato do setor privado do país, disse estar preparada para tomar medidas de solidariedade.

Apesar de a Tesla ainda não ter dado sinais de avançar com o acordo coletivo de trabalho, a greve já funcionou como ‘exemplo’ para outras empresas suecas. Pouco depois de a greve começar, a empresa sueca de pagamentos globais Klarna assinou um acordo coletivo, evitando uma greve planeada na sua sede em Estocolmo.

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