Para aproveitar o potencial da inteligência artificial (IA) e da tecnologia, e para uma bem-sucedida transição ‘verde' da economia, os países devem reforçar os seus sistemas de educação e melhorar as competências das suas populações - inclusive na formação ao longo da vida, nota a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Segundo o relatório “Skills Outlook 2023”, divulgado esta segunda-feira pela OCDE, “os investimentos em competências são fundamentais para construir uma transição ecológica e digital resiliente”, mas as transformações tecnológicas e ambientais acontecem de forma mais rápida do que a mudança nas políticas de educação.
De acordo com a organização, apenas cerca de 40% dos adultos participam em ações de formação por motivos relacionados com o trabalho, o que “dificulta a capacidade dos trabalhadores de melhorarem e requalificarem as suas competências”.
“Para garantir que todos possam participar e beneficiar do desenvolvimento e do crescimento económico e, em particular, das oportunidades criadas pelas transformações ecológica e digital, os decisores políticos devem alinhar melhor a educação e a formação de competências com as competências necessárias no mercado de trabalho”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
Para a OCDE, os sistemas de ensino devem redobrar os seus esforços para desenvolver as competências dos jovens.
“Apenas cerca de um em cada três jovens dos países da OCDE combina níveis fundamentais de literacia científica com as atitudes e comportamentos que lhes permitem ser consumidores conscientes e futuros trabalhadores da economia verde”, indica a nota da organização.
Em suma, defende a OCDE, é preciso capacitar toda a população, incluindo jovens na sua educação inicial, e adultos na formação ao longo da vida.
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