Desemprego registado em Portugal voltou a recuar em março
Número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu para 306 mil em março, o mais baixo contabilizado neste mês ao longo dos últimos 30 anos
Número de desempregados inscritos nos centros de emprego diminuiu para 306 mil em março, o mais baixo contabilizado neste mês ao longo dos últimos 30 anos
É a segunda descida em cadeia. Em março, o desemprego registado no país - medido pelo número de inscritos nos centros de emprego - recuou 3% face a fevereiro e 6,2% face a março de 2022 para 306.157. São menos 9488 desempregados do que em fevereiro deste ano e menos 20.094 do que os contabilizados há um ano, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgados esta quinta-feira.
Depois das sucessivas subidas registadas no segundo semestre do ano passado, o desemprego registado inverteu pela primeira vez a tendência em fevereiro deste ano e consolidou a tendência no mês passado, embora se mantenha acima dos 300 mil alcançados em dezembro. No final de março, os serviços públicos de emprego do IEFP contabilizavam 306.157 desempregados inscritos.
“Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indíviduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-19.678), os que procuram novo emprego (-18.711) e os inscritos há 12 meses ou mais (-42.831)”, explica a nota que acompanha a síntese mensal do IEFP.
Numa nota enviada às redações, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) sinaliza que se trata de um mínimo histórico no mês de março: “foi o valor mais baixo, nesse mês, nos últimos 30 anos”.
O Ministério liderado por Ana Mendes Godinho destaca ainda que o número de jovens desempregados inscritos no IEFP foi também o mais baixo de sempre (34.232 pessoas), nos meses de março, registando uma diminuição de -1,8% (- 622 pessoas) face ao mês homólogo. Neste mês, foi registada uma descida em cadeia de -1,2% (- 416 jovens).
A desagregação dos dados a nível regional revela que no mês passado, com exceção do Alentejo (+7,2%) e Centro (+0,7%), o desemprego diminuiu, em termos homólogos, em todas as regiões, com destaque para as regiões autónomas da Madeira (-32,8%), Algarve (-14,3%) e Açores (-13,9%). Já na comparação com o mês anterior, todas as regiões apresentaram decréscimos no desemprego, com o Algarve a registar a maior redução (-22,9%).
A nível setorial, registam-se descidas em cadeia em todos os setores de atividade, sendo a mais notória a do sector agrícola (-2,8%), logo seguida pelos sectores secundário (-2,2%) e terciário (-3,7%). Em termos homólogos, só o sector agrícola regista um aumento do desemprego registado (+1,9%).
Destaque ainda para o desemprego de longa duração, que abrangia no último mês 117.527 pessoas, menos 2,8% (-3346 pessoas) do que em fevereiro deste ano e, simultaneamente, menos 26,7% (-42.831) do que em março de 2022.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes