
O Expresso questionou as várias plataformas digitais a operar em Portugal, depois de a Bolt ter admitido que não planeia integrar motoristas ou estafetas, mas nenhuma respondeu
O Expresso questionou as várias plataformas digitais a operar em Portugal, depois de a Bolt ter admitido que não planeia integrar motoristas ou estafetas, mas nenhuma respondeu
Jornalista
Foi Nuno Inácio, responsável pela Bolt em Portugal, quem abriu a caixa de Pandora. Em entrevista ao “Negócios”, decidiu ‘desmontar’ a nova lei laboral criada para as plataformas, mostrar que é simples contorná-la, para depois admitir que quando entrar em vigor, em abril, a Bolt não tem intenção de a cumprir e dar contrato de trabalho a 20 mil motoristas e cerca 20 mil estafetas ativos na plataforma. A opção será “adaptar a operação”. Com isso, garante, o risco de que a plataforma seja considerada empregador “não será substancial”. O Expresso questionou as plataformas se tencionam cumprir a lei ou contorná-la. Nenhuma respondeu.
As questões eram simples: vão cumprir a lei e integrar os motoristas e estafetas ativos na plataforma; quantos motoristas e estafetas poderão ser integrados; se não, que alternativas ponderam implementar para contornar as imposições legislativas; suspender atividade em Portugal é uma hipótese? Mas nem assim a Uber, Glovo e a própria Bolt deram ao Expresso uma resposta direta, ainda que Nuno Inácio tenha admitido publicamente, há duas semanas, que a Bolt não tem intenção de integrar estafetas, como determina a nova lei.
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