Philips vai despedir 6000 trabalhadores
O grupo Philips anunciou que vai dispensar 6000 pessoas, para regressar aos lucros. Cerca de 3000 dos despedimentos serão feitos já em 2023 e os restantes até 2025
A Philips, fabricante de eletrodomésticos e outros aparelhos, anunciou, esta segunda-feira, que vai dispensar 6000 pessoas, por forma a regressar aos lucros, escreve a “Reuters”.
Cerca de 3000 dos despedimentos serão feitos já em 2023, mas os restantes acontecerão de forma progressiva até 2025.
Estes despedimentos seguem-se ao anúncio de outubro, em que a empresa alemã disse que iria reduzir a sua força de trabalho em 5%, ou seja cerca de 4000 empregos, enquanto lidava com as consequências do recall (processo de recolha e substituição de produtos com defeito para os consumidores) de milhões de ventiladores usados para tratar a apneia do sono.
De acordo com a empresa, esta nova organização irá melhorar a segurança e qualidade dos produtos para os clientes, assim como a confiança destes na Philips.
A empresa com sede em Amsterdão vai continuar a investir 9% das receitas em investigação e desenvolvimento, mas vai concentrar-se em “menos projetos, com mais recursos e mais impacto”, disse o presidente executivo, Roy Jakobs.
Além do anúncio dos despedimentos a Philips publicou também as contas trimestrais.
No quarto trimestre obteve um resultado antes de juros, impostos e amortizações de 651 milhões de euros, quase estável em relação aos 647 milhões de euros do ano anterior. As vendas aumentaram 3% no último trimestre, mas caíram 3% no total do ano.
No quarto trimestre a Philips registou um prejuízo de 105 milhões de euros, que compara com um lucro de 151 milhões de euros em igual período do ano anterior.
É mais uma grande empresa a anunciar um despedimento em massa, depois de o mesmo ter acontecido em empresas como a Alphabet (dona do Google), Microsoft, Spotify, Amazon, Meta (dona do Facebook), IBM, entre outras.
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