Economia

Taxa de desemprego cai para 5,9% em dezembro

D.R.
D.R.

O ano de 2021 fechou com uma nova diminuição da taxa de desemprego. População empregada voltou a aumentar e taxa de subsutilização do trabalho mantém-se nos 11,7%

A taxa nacional de desemprego terá ficado peloss 5,9% em dezembro, traduzindo uma diminuição de 0,4 pontos percentuais (p.p) face ao mês anterior, indicam as estatísticas provisórias divulgadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A taxa de desemprego situou-se em 5,9%, menos 0,4 p.p. do que no mês precedente, menos 0,5 p.p. do que três meses antes e menos 1,0 p.p. do que um ano antes”, sinaliza o INE na nota estatística divulgada esta manhã, onde detalha que a população empregada (4 865,9 mil) registou um aumento em cadeia, ou seja face ao mês anterior, de 0,3% e de 3,7% homólogos, tendo como referência o mês de dezembro de 2020, mantendo a trajetória de crescimento contínuo que iniciou em fevereiro de 2021.

Os indicadores do mercado de trabalho conhecidos esta segunda-feira sinalizam, porém, uma redução em cadeia da população ativa – estimada em 5.169,9 pessoas – em 8,4 mil indivíduos (0,2%) e um aumento quase proporcional da população inativa, que cresce em 9 mil pessoas (0,4%) para 2.515,8 pessoas.

Números que o INE explica com o facto de “a redução da população desempregada em 21,5 mil (6,6%) ter sido superior ao acréscimo da população empregada em 13,1 mil (0,3%), enquanto o acréscimo da população inativa foi explicado pelo aumento do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (6,9 mil; 5,1%) e do número de inativos à procura, mas que não estavam disponíveis (6,0 mil; 26,6%)”.

Na nota que acompanha os indicadores hoje divulgados, o INE salienta que “apesar da diminuição de dezembro de 2021, a população ativa regista dos valores mais elevados dos últimos 10 anos”.

População ativa está em máximos de há dez anos, apesar do recuo em cadeia registado em dezembro de 2020

Já em termos homólogos (face a dezembro de 2020), os dados provisórios do INE apontam para um aumento de 2,6% na população ativa (132,2 mil; 2,6%), que foi acompanhado por um acréscimo da população empregada (174,6 mil; 3,7%) que mais do que compensou a diminuição da população desempregada (42,5 mil; 12,3%).

A população inativa, por sua vez, diminuiu, em termos homólogos, em 123,3 mil pessoas (4,7%) “devido à diminuição do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (59,0 mil; 29,5%) e do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego (64,8 mil; 2,7%)”.

A merecer destaque está também a taxa de subutilização do trabalho, indicador que ganhou uma importância acrescida durante a pandemia e que inclui desempregados, trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas, inativos disponíveis para trabalhar mas que não procuram um novo posto e inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para começar um novo trabalho. Em dezembro, 622,1 mil pessoas estavam neste grupo, fixando a taxa estimada de subutilização do trabalho em 11,7%.

Note-se, porém, que o universo deste grupo de trabalhadores se mantém praticamente inalterado face a novembro de 2021, traduzindo um recuo de apenas 1,2 mil pessoas (0,2%), mas regista uma quebra de 13,6% (menos 97,8 mil pessoas) face ao mesmo mês de de 2020, altura em que o país já enfrentava a pandemia.

Notícia atualizada às 11h35 com a contextualização dos dados.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate