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Sistema financeiro

Julgamento do BES ouviu três testemunhas da KPMG: o "erro", o "interlocutor", o "autor" e as transações "sem sentido"

Sikander Sattar
Sikander Sattar
NUNO BOTELHO

O ex-presidente da KPMG, Sikander Sattar, foi um dos nomes chamado ao julgamento do BES. Defendeu que fez tudo o que devia, mas não escapou a acusações dos arguidos: até ouviu que é o "autor material" da acusação do Ministério Público

Julgamento do BES ouviu três testemunhas da KPMG: o "erro", o "interlocutor", o "autor" e as transações "sem sentido"

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Era verão de 2014, finais de agosto, o Banco Espírito Santo já tinha sido alvo de uma resolução, e os seus balcões respondiam há dias ao nome Novo Banco, como era o caso da agência da vila de Ericeira. E era pela Ericeira que o sócio da auditora KPMG Fernando Antunes passeava quando recebeu um telefonema do qual ainda se lembra. Era um colega seu a transmitir-lhe uma mensagem: os veículos que tinham contribuído para perdas no BES, e que conduziram ao seu fim, uns dias antes, a 3 de agosto de 2014, eram auditados pela KPMG Jersey.

Euroaforro, Poupança Plus e Top Renda eram os veículos constituídos naquele paraíso fiscal, cuja relação com o BES tinha levantado suspeitas à auditora nas últimas semanas de julho daquele ano, e que a KPMG considerou que tinham de ser consolidados nas contas do BES porque era o banco, na sua ótica, que exercia o controlo. Veículos que trouxeram perdas, e que eram auditados pela KPMG Jersey – mas que a KPMG em Portugal garante não saber na altura.

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