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Sistema financeiro

Banca portuguesa virada para dentro: até setembro só 8% dos lucros vieram do estrangeiro

Banca portuguesa virada para dentro: até setembro só 8% dos lucros vieram do estrangeiro
José Fernandes

Em época de juros altos nos créditos, o mercado doméstico sustentou os lucros da banca nacional. De fora, uma grande ajuda para CGD, BCP e BPI veio de Moçambique. Polónia, Macau e Angola também dão contributos

Banca portuguesa virada para dentro: até setembro só 8% dos lucros vieram do estrangeiro

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Banca portuguesa virada para dentro: até setembro só 8% dos lucros vieram do estrangeiro

Isabel Vicente

Jornalista

A banca portuguesa está hoje virada sobretudo para o mercado doméstico. Os resultados que vêm do estrangeiro são mais modestos, após um movimento que foi muito influenciado por imposições da Comissão Europeia, pressões do Banco Central Europeu, mas também por decisões dos gestores.

Os cinco maiores bancos (CGD, BCP, Santander, Novo Banco e BPI) obtiveram lucros de 3,9 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano (mais 19% do que no mesmo período de 2023, e o dobro do registado nos mesmos nove meses de 2022). Destes, apenas 321 milhões vieram de fora do país. É 8% do total.

Numa análise mais fina, considerando apenas os bancos com operações no exterior (CGD, BCP e BPI) os lucros ascenderam a 2,5 mil milhões de euros, dos quais 321 milhões de euros chegam de participações que têm, sobretudo, em bancos em Moçambique, Angola, e Polónia. O contributo externo para as contas destes bancos ascende a quase 12,7%.

Nos casos do Santander Portugal e do Novo Banco os lucros refletem apenas o negócio em Portugal.

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