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671 crimes, mais de 30 arguidos e 7% da economia portuguesa perdida: a contabilidade do Ministério Público sobre o BES à lupa

671 crimes, mais de 30 arguidos e 7% da economia portuguesa perdida: a contabilidade do Ministério Público sobre o BES à lupa
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Crimes detetados pelos procuradores que investigaram a queda do Grupo Espírito Santo e do Banco Espírito Santo geraram prejuízos de 18 mil milhões de euros, pouco abaixo da riqueza gerada pela economia de Malta no ano passado e 7% da nacional. Representantes de lesados criticam Ministério Público por não serem referidos, nem mencionar as indemnizações que lhes podem ser pagas

671 crimes, mais de 30 arguidos e 7% da economia portuguesa perdida: a contabilidade do Ministério Público sobre o BES à lupa

Diogo Cavaleiro

Jornalista

Ricardo Salgado era, e é, o principal rosto do Grupo Espírito Santo e é também a personalidade mais presente nas investigações que o Ministério Público levou a cabo na última década. Mas está longe de ser o único: representa 20% dos crimes imputados aos cerca de 30 acusados nos sete processos centrais relativos a este universo empresarial (nenhum dos seis que envolve o antigo banqueiro tem já julgamento iniciado).

Nos crimes que os procuradores e investigadores detetaram, houve vantagens de 18 mil milhões de euros, pouco abaixo ao valor da economia de Malta em 2023.

Os números são retirados de um documento que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) publicou no início desta semana, mais de dez anos depois da derrocada do Banco Espírito Santo. Ali, não indica as palavras “vítimas” ou “lesados”, como se queixou a direção da ABESD – Associação de Defesa dos Clientes Bancários um dia depois de o balanço ser divulgado.

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