O comité de política monetária do Banco de Inglaterra (BoE) decidiu esta quinta-feira manter a taxa diretora em 5,25%, com 7 votos a favor de não mexer nos juros contra 2 que pretendiam já um primeiro corte de 25 pontos-base.
Deste modo, o BoE não seguiu as decisões do Banco do Canadá e do Banco Central Europeu que aprovaram este mês um primeiro corte dos juros, nem do Banco Nacional da Suíça, que optou esta quinta-feira por um segundo corte na taxa diretora.
A maioria dos decisores do BoE considera que subsistem dois problemas: a inflação nos serviços em maio ainda estava em 5,7%, e a perspetiva é que a inflação global, que desceu para 2% em maio, “suba ligeiramente no segundo semestre do ano”.
O sentimento maioritário no banco central da libra esterlina é que a política restritiva (com os juros claramente acima da inflação esperada) terá de se manter “por um período suficientemente longo” até que “se dissipe” o risco de a inflação se “entrincheirar” acima de 2%.
O BoE garante que a decisão de não mexer nos juros não foi condicionada pela crise política no país, com eleições legislativas antecipadas marcadas para 4 de julho. “As eleições gerais de 4 de julho não foram relevantes para a decisão”, afirma-se no comunicado oficial.
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