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Sistema financeiro

Apesar do lucro, gestão lamenta atrasos da “refundação” do Banco de Fomento e culpa Governo de Costa

Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento
Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Fomento
TIAGO MIRANDA

As duas presidentes consideram que o enquadramento em que funciona o Banco Português de Fomento precisa de ser alterado. Queixam-se do atraso na aprovação do documento orientador que permitiria reestruturação a instituição em 2023

Apesar do lucro, gestão lamenta atrasos da “refundação” do Banco de Fomento e culpa Governo de Costa

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O Banco Português do Fomento (BPF) obteve lucros de 27,5 milhões de euros no ano passado, nove vezes mais que em 2022, mas a administração presidida por Celeste Hagatong lamenta que a vontade de reformulação da instituição financeira, para cumprir efetivamente o papel para que foi criada, tenha sido limitada pela ineficiência do Estado, pelos atrasos do Ministério das Finanças e pelo enquadramento delicado em que opera.

“Ao chegar ao fim do primeiro ano completo do atual mandato do conselho de Administração, constata-se que o ‘Projeto de Refundação’ do BPF apresentado no âmbito do Plano de Ação e Orçamento de 2023-2025 não atingiu no final de 2023 as metas pretendidas por motivos alheios aos órgãos de gestão do banco”, indica a mensagem da presidente do Conselho de Administração no relatório e contas de 2023, divulgado esta sexta-feira, 31 de maio.

Celeste Hagatong considera que a “aprovação tardia do Plano de Ação e Orçamento 2023-2025, tendo apenas entrado em vigor em 28 de junho de 2023, condicionou o lançamento das ações tendentes à reestruturação do BPF”. O objetivo de tal plano era adequá-lo às regras exigidas pela regulamentação bancária, e conseguir ter uma estrutura adequada, mas tudo atrasou-se – e tudo é referido na mensagem esta sexta-feira divulgada.

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