Sistema financeiro

Depósitos dos portugueses sobem em abril pelo sexto mês consecutivo

Depósitos dos portugueses sobem em abril pelo sexto mês consecutivo
José Carlos Carvalho

O dinheiro estacionado nos bancos portugueses voltou a aumentar em abril, ao contrário do que aconteceu em grande parte do ano passado, quando a procura por certificados de aforro subiu

Os portugueses estão novamente a aumentar o dinheiro que têm depositado nos bancos, depois de um período em que deram prioridade a outro tipo de investimento, como os certificados de aforro. Em abril, este montante subiu mais de mil milhões de euros para os 183,2 mil milhões de euros, face ao mês anterior, de acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

O supervisor da banca mostra que os depósitos subiram 5% face ao período homólogo e registam um crescimento superior ao dos empréstimos pela primeira vez desde janeiro de 2023. Na zona euro este crescimento foi de 0,7%.

Durante o ano passado, o crescimento dos depósitos foi inferior ao dos empréstimos, devido “às elevadas subscrições líquidas de certificados de aforro”, informa o Banco de Portugal.

No que toca aos depósitos realizados pelas empresas, o montante situou-se nos 65 mil milhões de euros em abril, mais 900 milhões do que em março.

Crédito à habitação cresce

No mesmo relatório, o Banco de Portugal mostra que os empréstimos concedidos pelos bancos em Portugal aumentaram em abril, em termos anuais, pelo terceiro mês consecutivo, impulsionados pelo crédito ao consumo e para compra de habitação.

O montante de crédito à habitação totaliza 99,2 mil milhões de euros, mais 200 milhões de euros do que em março. É o quarto mês consecutivo em que a taxa de variação anual dos empréstimos para habitação aumenta.

Os empréstimos ao consumo atingiram 21,6 mil milhões de euros, mais 100 milhões do que em março de 2024.

Por outro lado, os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas caíram 400 milhões para os 72,3 mil milhões de euros em abril. Trata-se do 16.º mês consecutivo em que a taxa de variação anual dos empréstimos às empresas é negativa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: galmeida@expresso.impresa.pt

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