Sistema financeiro

Sindicato mais representativo da CGD pede aumento salarial de 7%

Os partidos já questionaram o Governo sobre o encerramento de balcões da CGD em várias freguesias do país, embora ainda não haja uma lista definitiva das agências que vão fechar
Os partidos já questionaram o Governo sobre o encerramento de balcões da CGD em várias freguesias do país, embora ainda não haja uma lista definitiva das agências que vão fechar
Luis Barra

O STEC, sindicato mais representativo dos trabalhadores da CGD, avançou esta quinta-feira com uma proposta de atualização salarial de 7%, com um mínimo de 125 euros de aumento. Os sindicatos afetos à UGT pediram 6% e o SNQTB solicitou 5,8%

Sindicato mais representativo da CGD pede aumento salarial de 7%

Isabel Vicente

Jornalista

Os sindicatos da banca já fizeram chegar as suas propostas aos bancos com os quais negoceiam as atualizações para 2024. O STEC, Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD, veio esta quinta-feira defender um aumento salarial de 7% no banco estatal e o mesmo valor para as cláusulas de expressão pecuniária.

O sindicato, liderado por Pedro Messias, adianta, ainda, que em algumas cláusulas pecuniárias o aumento percentual será superior aos 7%, embora não especifique quais.

Recorde-se que a proposta de atualização salarial dos sindicatos afetos à UGT, Mais Sindicato, SBN e SBC, foi de 6%, e que os bancos subscritores do Contrato Coletivo de Trabalho, como o Santander, Novo Banco e BPI, responderam com uma proposta de 2%, o que os sindicatos consideraram “indecoroso”.

Também o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos e Bancários (SNQTB) pediu um aumento de 5,8% para 2024.

O STEC considera a atualização de 7% “justa, equilibrada e claramente comportável” para a CGD, argumentando ter havido “perda acumulada de poder de compra que tem afetado gravemente os trabalhadores e reformados da CGD, ultimamente agravado pelo brutal aumento da inflação”.

Além disso, nota o STEC, os últimos resultados da Caixa foram “superiores a todos os bancos que operam no país nos primeiros nove meses do ano", tendo ascendido a 987 milhões de euros, com o sindicato a apontar que no total do ano o lucro da CGD “ultrapassará folgadamente” os mil milhões de euros.

O STEC refere ainda que esta reivindicação não pode esquecer o facto de a administração da Caixa, presidida por Paulo Macedo, ter recusado “cumprir a recomendação do Governo de um aumento salarial intercalar de 1% em 2023, face ao aumento da inflação verificada”.

O sindicato dos trabalhadores da Caixa diz ainda que “o processo de revisão salarial para 2024 constituirá um momento fulcral para a valorização dos rendimentos dos trabalhadores e reformados da CGD” e que o sindicato “jamais aceitará qualquer tipo de condicionamento negocial que tenha subjacente a subversão do direito constitucional à contratação coletiva”.

Neste contexto, o STEC “não admitirá substituir o efetivo aumento salarial por um qualquer prémio ou bónus arbitrário e discricionário, porque só a atualização remuneratória constitui garantia de valorização salarial, com efeitos imediatos e futuros, para todos, ao abranger em simultâneo os trabalhadores do ativo, pré-reformados e reformados”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate