O presidente executivo (CEO) do Novo Banco já fez saber aos investidores que a estratégia é colocar o banco no mercado, abrindo o capital a investidores institucionais. Agora reiterou a mensagem à Reuters, embora admita estar atento aos novos acontecimentos, em particular um conflito no Médio Oriente, que pode obrigar a um compasso de espera na dispersão de capital.
“Para nós, como banco, o nosso trabalho é estarmos prontos para quando os acionistas estiverem prontos podermos fazê-lo”, afirmou o CEO do Novo Banco, Mark Bourke, em declarações à Reuters.
O gestor continua a considerar que a abertura de capital é a melhor opção. “Operacionalmente o banco estará pronto (para um IPO, entrada em bolsa) no primeiro semestre de 2024”, afirmou Mark Bourke à Reuters.
Mark Bourke afirma que o apetite dos mercados por IPO não é o mesmo devido à tensão no Médio Oriente. Esse apetite sofreu um revés mas o Novo Banco está preparado para avançar quando “surgir uma oportunidade”.
Há cerca de um ano o CEO do banco, quando falou da venda da instituição, dizia que o Novo Banco quer ter o destino nas suas mãos.
O fundo norte-americano Lone Star detém 75% do capital do Novo Banco, estando o restante capital nas mãos do Fundo de Resolução e do Estado.
O Novo Banco apresentou esta quinta-feira lucros de 638,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 49,1% do que em igual período de 2022. Para isso contribuiu a subida de receitas com os juros pagos pelos créditos, que mais do que duplicou, para 831,2 milhões de euros.
Em comunicado Mark Bourke afirmou que “no terceiro trimestre o Novo Banco continua a apresentar fortes resultados”. “Além de rentável tem capacidade de geração de capital. Temos um balanço sólido e de elevada liquidez e mantemo-nos focados nos nossos clientes e em satisfazer as suas necessidades financeiras”, comentou o gestor.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt