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Sistema financeiro

Bancos portugueses saíram de 11 países nos últimos 10 anos

Bancos portugueses saíram de 11 países nos últimos 10 anos

Só nos últimos 10 anos a banca saiu de 11 países que considerava estratégicos. Emagrecimento do BCP e descalabro do BES deram fortes contributos. Há mais na calha. CGD sai de Cabo Verde e estuda saída do Brasil, BPI e Montepio vendem Angola

A União Europeia é responsável por impor à banca portuguesa uma presença muito mais tímida pelo mundo, mas não é a única. Muitas das justificações para que os bancos portugueses abandonem mercados externos extravasam os ditames de Bruxelas: propostas inesperadas, mas apetitosas, a necessidade de deixar para trás heranças tóxicas ou imposições dos supervisores (com destaque para o Banco Central Europeu).

Num mercado onde a Caixa Geral de Depósitos, o Banco Espírito Santo e o Banco Comercial Português muito levaram a banca nacional pelo globo, hoje só o banco público tem uma presença forte em determinados mercados, onde outros bancos reduziram, venderam ou fecharam. Na última década, muito por força da derrocada do BES, a banca nacional encerrou operações em 11 territórios (Espanha, Suíça, EUA, Roménia, Grécia, África do Sul, Panamá, Venezuela, Reino Unido, Líbia e ainda as Ilhas Caimão), segundo a contabilização do Expresso. O sector ficou em muitos países apenas com escritórios de representação, não incluídos nesta análise.

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