Sistema financeiro

BPI suspende venda dos 48,1% que detém no Banco de Fomento de Angola

BPI suspende venda dos 48,1% que detém no Banco de Fomento de Angola
ISSOUF SANOGO/GETTY IMAGES

Carrinho e a Gemcorp, as duas entidades interessadas, vêem a potencial compra dos 48,1% do BFA cair por terra. O BPI terá argumentado a decisão de suspender a venda com a desvalorização da divisa angolana, o kwanza

O BPI suspendeu a venda da participação de 48,1% que detém no Banco de Fomento de Angola (BFA) e já o terá comunicado aos dois compradores que estavam na corrida, avança o Jornal de Negócios esta segunda-feira, 10 de julho. O banco português, detido pelos catalães do CaixaBank, terá justificado a suspensão com as condições de mercado, nomeadamente a depreciação do kwanza, a divisa angolana.

Para adquirir a participação do BPI no BFA estavam o grupo Carrinho e a Gemcorp, duas entidades que já tinham avançado com propostas, acrescenta o jornal.

A restante quota no BFA é detida pela operadora de telecomunicações Unitel, por sua vez propriedade da petrolífera estatal angolana Sonangol.

O BPI tinha o mês de julho como limite para a apresentação de propostas vinculativas e tinha como objetivo concluir a alienação em outubro deste ano.

A Caixa Geral de Depósitos é o único banco português com uma participação maioritária num banco angolano, o Banco Caixa Geral. O BCP, o BPI, e o Banco Montepio continuam no mercado angolano, mas com posições minoritárias e, no caso das duas últimas, em vias de alienação.

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