A fusão entre o UBS e o Credit Suisse - organizada pelas autoridades suíças para evitar uma crise bancária iniciada pelo segundo - deve-se tornar oficial já a 12 de junho, noticia a “Reuters”.
Chega assim ao fim uma instituição que contava já com 167 anos no ativo, sendo que os últimos anos foram marcados por vários escândalos, que em 2023 atingiram a ‘gota de água’.
Em fevereiro, os reguladores suíços repreenderam o Credit Suisse por "sérias" falhas na condução de um negócio multimilionário com o Greensill, a terceira censura pública em dois anos.
No mês seguinte, março, é que tudo acontece. O banco adiou a publicação do seu relatório anual após uma chamada de última hora da Securities and Exchange Commission (SEC, regulador do mercado norte-americano), que levantou questões sobre relatórios anteriores.
Uns dias depois, a 13 de março, as ações do Credit Suisse despenharam-se, atingindo um mínimo recorde, após o colapso do Silicon Valley Bank nos Estados Unidos. No dia seguinte o relatório é finalmente publicado, e o banco admite que identificou "fraquezas materiais" nos controlos internos sobre relatórios financeiros.
A 15 de março, o banco central suíço prometeu financiar o Credit Suisse, o que seria a primeira ação desde a crise financeira global. Isto, depois do Saudi National Bank, que era o maior acionista, dizer que não aumentaria a sua participação no credor, fazendo com que suas ações caíssem.
Após o anúncio de ajuda por parte do Banco Nacional da Suíça, o banco em apuros disse que pretendia pedir um empréstimo de 50 mil milhões de francos suíços ao banco central.
Uns dias depois chegou o anúncio do fim: é anunciado um resgate de emergência intermediado pelo governo, banco central e as autoridades, com o UBS a concordar em comprar um banco por um valor irrisório de 3 mil milhões de francos.
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