Sistema financeiro

Juros no crédito à habitação voltaram a subir em abril, renovando máximo de 14 anos

Juros no crédito à habitação voltaram a subir em abril, renovando máximo de 14 anos
krisanapong detraphiphat/Getty Images

Os juros no crédito à habitação em Portugal subiram para 3,11% em abril, o valor mais alto desde junho de 2009. A prestação média subiu para 341 euros e o capital médio em dívida para 62.972 euros

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal subiu para 3,11% em abril, uma subida de quase 30 pontos-base face a março (2,829%), que já tinha registado o valor mais elevado desde junho de 2009, segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira. Desde abril do ano passado que esta taxa sobe todos os meses.

Se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses o aumento é ligeiramente menos expressivo. Neste caso, a taxa de juro subiu de 3,507% em março, para 3,675% em abril, atingindo assim o valor mais alto desde outubro de 2012.

A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,098% (mais 27,5 pontos base). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses para aquisição, a taxa de juro subiu para 3,661% (mais 16 pontos).

A prestação média subiu para 341 euros, mais 10 euros que em março e mais 84 euros que em abril do ano passado. Do total da prestação, 63 euros (48%) correspondem a pagamento de juros e 178 euros (52%) a capital amortizado.

Nos contratos celebrados entre fevereiro e abril, o valor médio da prestação subiu para 590 euros (mais 14 euros).

O INE indica ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 273 euros, fixando-se em 62.972 euros. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio voltou a subir (depois de ter caído 45 euros em março) para 125.734 (mais 564 euros).

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