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Suíça AT1rou ainda mais receios para o mundo financeiro

Suíça AT1rou ainda mais receios para o mundo financeiro
FABRICE COFFRINI/Getty

UBS já está sob vigilância das agências de rating. Mercados tentam perceber efeitos de contágio

Suíça AT1rou ainda mais receios para o mundo financeiro

Diogo Cavaleiro

Jornalista

AT1: parece um nome de código, mas é a sigla para Additional Tier 1, uma categoria de instrumentos financeiros que se adiciona ao capital propriamente dito, devido às características de quase-capital (obrigações convertíveis em ações). É aqui que está a categoria de obrigacionistas que enfrentaram as perdas impostas a privados na venda do Credit Suisse ao UBS (16 mil milhões de francos suíços, o mesmo em euros). Os acionistas, que normalmente são os primeiros a ser chamados a enfrentar perdas para minimizar o uso de dinheiro dos contribuintes, foram poupados nas decisões das autoridades suíças.

Foi este desenho que trouxe apreensão ao mercado e que assustou as autoridades da União Europeia, que logo na segunda-feira se juntaram para vir garantir aos mercados que por cá os obrigacionistas nunca serão chamados a absorver prejuízos de um banco em dificuldades (para que tais verbas sejam usadas na sua capitalização) sem que antes os acionistas também sofram. Isto quando os advogados já começaram a alinhar-se para agir judicialmente contra as autoridades suíças (o Governo suíço anunciou a intervenção ao lado dos reguladores da banca e dos mercados).

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