O sistema financeiro alemão é "estável e robusto", disse, esta segunda-feira, o supervisor bancário Bafin, um dia depois do anúncio da aquisição de emergência do Credit Suisse pelo UBS, que foi recebido com ceticismo pelos mercados.
"O Bafin está atualmente a acompanhar a evolução dos mercados e tem-no em conta na sua função de supervisão. O sistema financeiro alemão permanece estável e robusto", afirmou o organismo à AFP.
Depois de intensas negociações durante o fim de semana, o UBS concordou, no domingo, em comprar o seu rival Credit Suisse por um valor baixo, com garantias substanciais do Governo em Berna e de liquidez do banco central do país (BNS).
Esta aquisição fez mergulhar as ações dos bancos de manhã nas bolsas de valores europeias, uma vez que os investidores temiam a desestabilização do sistema bancário.
A operação custará aos detentores de obrigações subprime 16.000 milhões de francos suíços (16.1800 milhões de euros) porque as autoridades suíças decidiram transferir parte do encargo financeiro causado pela operação.
E esta aquisição surge numa altura em que o setor bancário tem estado sob pressão desde que os principais bancos centrais aumentaram as taxas de juro de forma acentuada, numa tentativa de controlar a inflação.
Recentemente, tem havido várias falências bancárias nos EUA, o que suscita receios de um grande risco de contágio. As autoridades americanas e a Reserva Federal dos EUA (Fed) tomaram medidas para conter estes acontecimentos.
Desde o início da crise, as autoridades financeiras têm tentado tranquilizar.
Em meados de março, o Bafin já tinha declarado que não havia "nenhuma ameaça à estabilidade financeira na Alemanha".
Em França, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, afirmou hoje que os bancos franceses são "sólidos".
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