Sistema financeiro

UBS negoceia a compra do Credit Suisse: reguladores apoiam a operação mas bancos estão relutantes

Edifício do Credit Suisse, Londres Foto: Dan Kitwood/Getty Images
Edifício do Credit Suisse, Londres Foto: Dan Kitwood/Getty Images

Conselhos de administração das duas maiores instituições financeiras suíças deverão reunir-se durante este fim de semana com o objetivo de discutir um acordo, revelou o “Financial Times”

O UBS está a negociar a compra da totalidade do capital do Credit Suisse ou de uma posição parcial, noticiou o jornal “Financial Times”. Os conselhos de administração das duas maiores instituições financeiras suíças deverão reunir-se durante este fim de semana com o objetivo de discutir um acordo, segundo a mesma fonte.

As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram esta sexta-feira em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira. Na sessão anterior tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira. Hoje, nas transacções realizadas após o fecho do mercado, os títulos treparam 9%.

Uma fonte citada pelo “Financial Times” afirmou que os reguladores suíços estão a encorajar a fusão do UBS e do Credit Suisse, mas adiantou que os bancos demonstram relutância em avançar com a operação. Os reguladores não têm poder para forçar a fusão, sublinhou aquela fonte.

Os investidores mantêm-se atentos à cotação do segundo maior banco da Suíça, uma das 20 maiores instituições bancárias da Europa, depois de o Banco Nacional da Arábia Saudita - o principal acionista - ter anunciado não pretender investir mais no Credit Suisse. A decisão do Banco Nacional Saudita obrigou o Banco Nacional da Suíça a prestar ajuda contribuindo, desta forma, para a recuperação em bolsa do Credit Suisse, na quinta-feira.

O Banco Nacional Suíço comprometeu-se na madrugada de quinta-feira a conceder uma ajuda de 50.000 milhões de francos (50.600 milhões de euros) ao Credit Suisse. A liquidez adicional destinou-se a "apoiar os negócios nucleares e os clientes do Credit Suisse enquanto o Credit Suisse toma os passos necessários para criar um banco mais simples e mais focado, construído em torno das necessidades dos clientes", vincou o banco em comunicado.

As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram hoje em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira. Na sessão anterior tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira.r contas".

Os analistas, na imprensa suíça, referem hoje que apesar da complicada situação do banco não vai ser necessária uma operação de resgate estatal, como aconteceu em 2008 com o banco UBS, devido à exposição à crise imobiliária nos Estados Unidos. Na altura, face às dificuldades financeiras, o Governo suíço estabeleceu um sistema de auxílio a entidades "demasiado grandes para cair" ("too big to fall", no jargão da comunidade financeira).

Os analistas, na imprensa suíça, referiram que apesar da complicada situação do banco não vai ser necessária uma operação de resgate estatal, como aconteceu em 2008 com o banco UBS, devido à exposição à crise imobiliária nos Estados Unidos. Na altura, face às dificuldades financeiras, o Governo suíço estabeleceu um sistema de auxílio a entidades “demasiado grandes para cair”.

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